Na manhã desta quarta-feira, 24, o vereador José Francisco Martinez (PSDB), presidente da Câmara Municipal de Sorocaba, participou de uma reunião com o secretário municipal de Educação, José Simões e com um grupo de professoras em período de readaptação no trabalho, depois de passar por afastamento por motivo de doença adquirida no serviço.
Além das oito educadoras, que representaram um total de 71 readaptadas, estavam presentes o assessor parlamentar do presidente da Câmara, o professor e mestre em meio ambiente Maurício Mota, e as assessoras técnicas da secretaria de Educação, Maria Cristina Perez Vilas e Jéssica Pedrosa.
O presidente da Câmara pediu ao secretário uma atenção especial ao problema das educadoras, uma categoria de servidores públicos “que tanto contribue com o município, perdendo inclusive a saúde no desempenho de suas funções”. O parlamentar lembrou que muitas delas já trabalharam inclusive em projetos importantes para a administração municipal.
As professoras haviam procurado Martinez para reclamar das condições de trabalho que consideram discriminativas, como o aumento da carga horária em relação às educadoras que atuam nas salas de aula. “Nós deixamos a nossa sala de aula, perdemos a sala de aula por motivo de doença e recebemos como punição a extensão do horário de trabalho?”, questionou uma das professoras.
Entre outras insatisfações apresentadas estavam o impedimento das professoras em participar de cursos de capacitação; o não direito a transferência de escola e, em alguns casos, a falta de atribuições de trabalho nas secretarias onde estão recolocados.
O secretário de Educação pediu desculpas às professoras por algumas decisões tomadas antes dele assumir o cargo e se comprometeu a fazer um estudo da situação apresentada. Simões ressaltou que é preciso ouvir outras professoras para, através das propostas apresentadas, chegar a um consenso sobre o assunto.
Ao final da reunião decidiu-se que haverá um novo encontro em breve. Martinez sugeriu que as educadoras interessadas apresentem seus currículos como uma maneira de abrir possibilidades de melhor aproveitamento das profissionais e colocou a Câmara à disposição para a votação de eventuais projetos que possa mudar a realidade enfrentada hoje pelas professoras. “Não é justo que uma professora com pós graduação e mestrado passe o dia abrindo e fechando portão numa escola”, argumentou o presidente da Casa de Leis.
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